CEH: De mãos dadas

    Author: C.F. Maury Alves de Pinho Genre:
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    De Mãos Dadas:

    A história que será narrada é da criança R.L.N, 08 anos, morador da microárea 02, da Equipe Bandeirantes. Seu Agente Comunitário de Saúde é Fernanda B. Oliveira.

    A família, composta por R, sua mãe Vanessa Clara Nascimento e sua avó Cícera Nunes do Nascimento, encontram-se no território desde março de 2011, data em que foi realizado o primeiro cadastro. Na época, Vanessa e Cícera trabalhavam fora por muitas horas e R, após o horário escolar, ficava aos cuidados de sua tia, que mora fora do território.

    Com o tempo, os agravos das questões sociais como o trabalho desprotegido, desemprego e doenças crônicas bateram à porta desta família. Todos foram acometidos: Vanessa com o desemprego, fruto de um trabalho desprotegido à qual não lhe deu acesso aos direitos fundamentais do trabalhador, de acordo com a Consolidação das Leis Trabalhistas como carteira assinada, FGTS e o seguro-desemprego. Hoje, Cícera acometida por uma artrite reumatóide, doença crônica, apresenta dificuldades em se locomover, dado as fortes dores articulares, precisou sair do trabalho. A criança, à esta altura, também sofre com as consequências destes desarranjos sociais: estava fora da escola há um tempo, com os laços comunitários fragilizados em contato com o ambiente insalubre sofre com uma forte infecção na área dos olhos.

    Com o acesso mais frequente a família, está sendo possível viabilizar acessos e direitos aos quais os usuários desconheciam. O primeiro deles é o encaminhamento a um especialista para que o diagnóstico de sua situação de saúde tenha um parecer mais concreto. O segundo é o desbloqueio do Bolsa-Família e Bolsa Família Carioca que estavam retido. O entrave principal à concessão dos benefícios estavam na (re)inclusão de RLN à escola, uma vez que, o acompanhamento na saúde já está sendo realizado.

    Uma vez na escola e frequentando as aulas, meu papel enquanto Agente Comunitário de Saúde é fortalecer ainda mais os laços e contatos com professores e diretores sobre a situação social e de saúde de RLN. A partir do momento em que começamos a estreitar os laços com estes equipamentos, consequentemente, colocamos "gás" à intersetorialidade e fortalecemos também os laços de solidariedade e compreensão à necessidade do outro.

    Sabemos que, neste momento, algumas prioridades referentes a situação social de RLN estão encaminhadas, mas precisamos pensar a saúde em sua integralidade e, neste momento, é continuar indo em busca de recursos que possa incluir qualitativamente a mãe e a avó de RLN.

    Nosso próximo passo é tentarmos conseguir a medicação gratuitamente, uma vez que os colírios prescritos pelos especialistas não faz parte da nossa lista de medicamentos cedidos pela farmácia da atenção básica. Contamos com a contribuição da Farmacêutica Cássia Coelho que, está verificando as possibilidades.

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